Quem diria que um jovem de 23 anos revolucionaria o cenário financeiro e daria origem ao que conhecemos hoje como “alocação de ativos.”
Neste artigo, exploraremos o que é a alocação e os benefícios disso para a diversificação da sua carteira de investimentos.
O que é alocação de ativos?
A alocação de ativos é uma abordagem que visa diversificar os investimentos de forma eficiente.
Em outras palavras, trata-se de distribuir seu capital entre diferentes classes de ativos, como ações, títulos e imóveis.
Isso porque, segundo a teoria de Harry Markowitz, amplamente aceita e refinada por outros especialistas, o risco de uma carteira de investimentos não é apenas a soma dos riscos individuais dos ativos. O verdadeiro segredo está na interação entre esses ativos.
Ou seja, é como montar um quebra-cabeça.
Um quebra-cabeça é composto por várias peças diferentes que se encaixam e juntos formam uma imagem completa. Da mesma maneira, devemos “espalhar” nossos investimentos em diferentes “peças” para reduzir o risco total.
Para os jovens investidores, essa estratégia oferece a oportunidade de equilibrar riscos e retornos conforme seu perfil, seja ele mais conservador ou agressivo.
Leia mais: Entenda qual tipo de investidor você é e transforme seus investimentos!
Vantagens da alocação de ativos
A. Redução de riscos: ao distribuir investimentos em diversas categorias, os riscos específicos de uma classe são mitigados.
B. Otimização de retornos: a alocação permite ajustar o portfólio para otimizar os retornos conforme os objetivos financeiros.
C. Resiliência em crises: em tempos de instabilidade, a diversificação proporciona uma rede de segurança, minimizando impactos negativos.
D. Adaptação ao perfil do investidor: a alocação é flexível, adaptando-se aos diferentes perfis de risco e preferências de investimento.
E. Redução de custos: isso é feito através do investimento de ativos baratos e/ ou redução de operações realizadas.
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Quais os 6 tipos de alocação de ativos?
1. Alocação estratégica
Esse tipo de alocação é uma abordagem simples e de longo prazo para investir, onde você decide quanto investir em cada classe de ativos com base nas expectativas de retorno. Essa alocação permanece constante ao longo do tempo.
Por exemplo, um investidor iniciante que deseja ter o retorno de 20% ao ano deverá investir em renda fixa e em renda variável para atingir seu objetivo. A porcentagem que será investida em renda fixa ou em renda variável é determinada também pelo perfil do investidor.
2. Alocação tática
É um ajuste na carteira como resposta ao cenário macroeconômico atual. Nessa estratégia, o foco da carteira continua sendo o longo prazo, porém o investidor identifica uma oportunidade no mercado e realiza um ajuste pontual.
Por exemplo, a taxa Selic está caindo e um investidor vislumbra a possibilidade de investir em ativos de renda-fixa que passaram a oferecer um prêmio maior.
3. Alocação dinâmica
A alocação dinâmica de ativos envolve uma gestão ativa, onde o investidor ajusta seus fundos de forma frequente. Nessa abordagem, ele compra e vende títulos de maneira ágil, guiado por sua visão do futuro do mercado.
É como um jogo de xadrez, onde o investidor move suas peças estrategicamente no tabuleiro do mercado, focando no curto prazo.
Porém, essa estratégia requer agilidade e um profundo entendimento do mercado financeiro, além da familiaridade com as regras que regem a economia. É como dominar as nuances de um esporte para jogar de maneira eficaz.
4. Ponderação constante
Essa estratégia consiste em uma gestão ativa da carteira ajustando os valores distribuídos conforme as flutuações do mercado.
Ao longo do tempo, o investidor deve vender ou comprar novos ativos de modo a manter a composição do portfólio similar à inicial.
Embora não haja regras rígidas, especialistas sugerem limitar a variação da carteira a 5% durante o período.
5. Alocação segurada
Esse é o tipo de locação mais conservador. É necessário que o investidor pré-defina um percentual máximo de perdas.
Quando um ou mais ativos atingirem esse limite, é hora de substituí-los por investimentos de baixo risco, como CDB ou Tesouro Selic, por exemplo.
6. Alocação integrada
Esta estratégia combina elementos de várias estratégias mencionadas anteriormente.
Ou seja, leva em conta o prazo, a rentabilidade, o rebalanceamento e os riscos, adaptando-se ao que é mais adequado para cada perfil de investidor.
Por essa razão, é considerada a opção mais equilibrada entre os diferentes tipos de alocação de ativos.
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Passo a passo para definir a melhor estratégia de alocação de ativos:
1. Conheça seu perfil de investidor: antes de tudo, compreenda seu apetite de risco, metas financeiras e horizonte de investimento.
2. Diversificação inteligente: distribua seus investimentos para a abranger diferentes ativos em uma mesma classe, reduzindo riscos específicos.
3. Ajustes periódicos: o mercado é dinâmico, e sua alocação deve refletir isso. Faça ajustes regulares para manter a estratégia alinhada com as condições do mercado.
4. Acompanhamento constante: esteja atento às mudanças econômicas e financeiras. Um investidor informado é um investidor preparado.
5. Adapte-se às mudanças: seus objetivos e circunstâncias podem evoluir. Esteja disposto a adaptar suas alocações para refletir essas mudanças.
6. Mantenha a disciplina: em meio às flutuações do mercado, é crucial manter a disciplina. Evite decisões impulsivas e siga sua estratégia de alocação de ativos a longo prazo.
7. Cuidado com a pulverização: a pulverização é a diversificação em excesso. Ou seja, tenha cuidado para não investir em ativos demais. Isso pode aumentar os custos da sua carteira e diluir o seu patrimônio, diminuindo o retorno sobre o investimento.
8. Consulte profissionais: se necessário, busque a orientação de consultores financeiros. Profissionais podem oferecer insights valiosos para aprimorar sua alocação de ativos.
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