A distribuição de dividendos é uma parte crucial do mundo dos investimentos, e representa uma fatia dos lucros de uma empresa compartilhada com seus acionistas.
Jovens investidores agora têm uma razão para ficar atentos à Petrobras, uma das gigantes no setor de energia.
Até recentemente, a empresa fazia parte do ranking das maiores pagadoras de dividendos do mundo, mas em julho deste ano a empresa sofreu uma mudança significativa em sua política de distribuição de dividendos.
Neste artigo, exploraremos o que mudou, o porquê dessa mudança, e o que você precisa saber para tomar decisões informadas.
Distribuição de dividendos na Petrobras: como era antes?
Até recentemente, a Petrobras seguia uma política de distribuição de dividendos que priorizava um alto percentual de pagamento aos acionistas.
Essa antiga política era notável por destinar cerca de 60% do seu fluxo de caixa livre (FCL) aos proventos dos investidores.
Isso significava que uma parcela substancial dos lucros da empresa era regularmente distribuída entre os acionistas.
Porém, membros do governo Lula criticaram em diversas ocasiões os altos proventos distribuídos pela estatal.
Por isso, desde a posse do novo presidente os investidores já estavam atentos à possibilidade de novas regras na distribuição de dividendos e redução acentuada desses pagamentos.
Novas regras da Petrobras quanto a distribuição de dividendos
Muitos investidores esperavam pelo pior cenário, que a nova política de dividendos passasse a ser de 25% do lucro líquido – a distribuição mínima permitida em lei.
Mas os investidores foram surpreendidos positivamente, porque a nova política da Petrobras trouxe meio-termo entre os pagamentos generosos do passado e a necessidade de garantir a sustentabilidade financeira da empresa.
Agora, a Petrobras optou por distribuir 45% de seu fluxo de caixa livre como dividendos, com pagamentos mantidos de forma trimestral.
Essa mudança não apenas mantém a previsibilidade nos pagamentos, mas também garante a capacidade da empresa de investir em seu crescimento contínuo.
Essa nova abordagem também permite algo que antes não estava disponível: a recompra de ações.
Isso sinaliza uma maior flexibilidade nas finanças da Petrobras e pode influenciar positivamente a percepção dos investidores.
Quadro comparativo: nova política de dividendos da Petrobras
Nova política de distribuição de dividendos da Petrobras | ||
Distribuição de dividendos | Antes | Depois |
60% do seu fluxo de caixa livre (FCL) | 45% do seu fluxo de caixa livre (FCL) | |
Possibilidade de recompra de ações | Indisponível | Disponível |
O que é a recompra de ações como forma de remuneração aos acionistas?
A recompra de ações pela própria empresa, o buyback, é uma estratégia comum para remunerar os acionistas.
Seria como se a Petrobras decidisse adquirir algumas de suas próprias ações em vez de negociá-las com outros investidores.
Com essa estratégia, ocorre a diminuição da oferta de ações, o que poderia aumentar o preço das ações remanescentes, beneficiando os acionistas existentes.
Essa estratégia é especialmente vantajosa em países onde os dividendos são tributados, uma vez que a recompra de ações não é tratada como distribuição de lucros e não é tributada.
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O que levou a mudança na distribuição de dividendos da Petrobras?
A Petrobras informou que o motivo da mudança reside em seu plano estratégico de médio prazo, o foco da empresa no desenvolvimento sustentável a longo prazo e a necessidade de financiar investimentos em energia de baixo carbono.
Quando entrará em vigor?
A nova política de dividendos já está em vigor, tendo sido implementada imediatamente. Isso significa que os resultados do segundo trimestre de 2023 serão os primeiros a refletir essa mudança.
O que fazer diante da mudança?
Com a nova política de distribuição de dividendos da Petrobras em vigor, muitos investidores estão se perguntando qual ação tomar diante dessa mudança significativa.
As avaliações das equipes de pesquisa dos bancos brasileiros fornecem uma visão otimista, embora a nova política não seja considerada ideal por todos.
Os analistas enfatizam que essa remuneração está alinhada com o que seria esperado se a Petrobras adotasse uma política semelhante às grandes petroleiras mundiais.
O Santander manteve a recomendação de compra das ações da Petrobras, bem como o Itaú. BTG Pactual, no entanto, manteve-se neutro.
Apesar dos passos positivos tomados pela nova equipe de gestão, ainda existem incertezas em relação a fusões, aquisições e políticas de preços de combustíveis da empresa.
Portanto, para os jovens investidores interessados na Petrobras, é importante considerar essas análises, mas também ponderar sobre seus próprios objetivos e tolerância ao risco.
A nova política de dividendos representa uma mudança, mas como qualquer investimento, é crucial fazer uma análise cuidadosa e tomar decisões informadas que estejam alinhadas com suas metas financeiras e estratégias de investimento.
Em um mercado em constante evolução, a informação é a chave para navegar por essas mudanças com confiança.
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