Entrevista com Wendell Finotti: Tecnologia a serviço dos investidores

Entrevista com Wendell Finotti: Tecnologia a serviço dos investidores

Empresário mineiro garante ter desenvolvido a única plataforma brasileira que dá liberdade para antecipação de dividendos

O conteúdo a seguir é de autoria e direito intelectual do portal Cidade Conecta.

Uma solução digital que dá a liberdade ao investidor de receber seus dividendos de forma antecipada, além de garantir liquidez imediata de um valor que será pago no futuro (até 180 dias) e permitir o cliente utilizar esse dinheiro para investir em alguma oportunidade imperdível ou até mesmo para cobrir uma despesa extra. Parece história de vendedor, mas é o que promete Meu Dividendo, plataforma que acaba de ser lançada no Brasil pelas mãos de um empresário mineiro, com uma proposta bastante disruptiva.

“É homologada e auditada pela Bolsa de Valores B3, o que reforça a credibilidade e confiabilidade nas operações e informações”, garante o CEO da empresa, Wendell Finotti. A Meu Dividendo recebeu investimento de R$ 1,5 milhão para seu desenvolvimento.

Nesta entrevista ao CIDADE CONECTA, o executivo ajuda a entender mais as possibilidades de ganhos no mercado financeiro, assim como o funcionamento da sua solução.

O que é a plataforma e qual seu diferencial?

É, seguramente, a única plataforma no País que dá a liberdade ao investidor de receber seus dividendos de forma antecipada. Nossa solução garante a liquidez imediata de um dividendo que será pago no futuro (até 180 dias) e permite ao cliente utilizar esse dinheiro para investir em alguma oportunidade imperdível ou até mesmo servir para cobrir uma despesa extra. Outro serviço que oferecemos, gratuitamente, é a gestão e organização dos dividendos. Ao conectar sua conta à sua conta na B3, a plataforma organiza e disponibiliza todos os valores que os investidores têm a receber na forma de rendimentos, dividendos, juros, juros sobre capital próprio, e demais eventos provisionados a receber de todas as corretoras com as quais o cliente trabalhar de forma única, organizada e simples.

O mercado de ações está muito instável. Qual a relação das ações da bolsa de valores com a geração de dividendos?

Essa pergunta é muito importante. Talvez por ter uma resposta que poucas pessoas sabem. O sobe e desce da Bolsa de Valores não tem relação direta com os dividendos pagos pelas empresas. O custo de uma ação pode variar devido a muitos fatores: visão futura daquela empresa/setor, problemas pontuais e até especulação. Já os dividendos tem a ver com o faturamento da empresa, seu desempenho financeiro hoje. Há empresas que têm ações muito valorizadas, mas que não geram lucro nesse momento e tem outras empresas que estão em baixa na bolsa, mas estão gerando dividendos consistentes. Como recentemente divulgado na imprensa, apesar do baixo desempenho das ações na bolsa brasileira em 2022, o Brasil teve recorde de distribuição de dividendos com um crescimento nominal de 24% em relação a 2021.

A crise da Americanas impacta o negócio de vocês? Como convencer uma pessoa comum, sem conhecimento no mercado de ações, a adquirir papéis nesse momento de tanta instabilidade?

Não podemos pegar algo pontual e contaminar nossa visão do mercado. Quando você opta por uma renda passiva por meio de dividendos você está investindo em empresas nacionais e multinacionais que são sólidas, têm governança, geram empregos e estão estabelecidas em mercados perenes e com pouca oscilação. Não são produtos financeiros ou especulativos.

Ações de empresas boas pagadoras de dividendos são um segundo passo no mercado de ações para pessoas que já têm mais conhecimento sobre essa forma de geração de renda?

De forma alguma. O principal investidor da Bolsa Brasileira, Luiz Barsi Filho, fez sua fortuna investindo em empresas boas pagadoras de dividendos. Isso é amplamente defendido e ensinado por ele em seus livros e artigos. Sua fórmula de reinvestimento dos dividendos para gerar mais rentabilidade nos investimentos, chamada de bola de neve e efeito dos juros compostos, também é amplamente defendida pelo mega investidor Warren Buffet. Ocorre que muitos investidores querem grandes retornos em um tempo extremamente curto. Por isso estão dispostos a seguir “dicas” e correr maiores riscos. Empresas boas pagadoras de dividendos são perenes, sólidas financeiramente, estabelecidas em um mercado de pouca oscilação e muita previsibilidade. Isso faz com que suas ações oscilem em um range menor que, para quem está buscando retorno rápido, não é atrativo, mas para quem quer proteger seu patrimônio e gerar uma fonte de renda passiva é extremamente atrativo.

Existem muitas opções de empresas pagadoras de dividendos na bolsa?

Sim, são mais de 80 opções de ações, de empresas de diversos setores e com valores de mercado bastante diferentes. Não são as ações, mas as empresas que pagam dividendos.

Quais são as empresas hoje que pagam dividendos de forma mais expressiva no mercado nacional?

Duas gigantes brasileiras são as que mais pagam: Vale e Petrobrás que, juntas, representam praticamente a metade do total dos valores de dividendos pagos no Brasil. Aliás, a Petrobras acaba de ser citada no relatório divulgado pela gestora britânica Janus Henderson, como uma das maiores pagadoras de dividendos do Brasil. A publicação aponta que a estatal brasileira foi ranqueada como a segunda maior pagadora de dividendos do mundo em 2022. Também é a única da América Latina a figurar no ranking das 20 empresas mais bem colocadas da publicação e a que exibiu o maior crescimento de distribuição de proventos ano a ano.

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